domingo, 1 de junho de 2008

4 comentários:

Anônimo disse...

Cheguei aqui meio que por acaso. Ora, ora, nada acontece por acaso. Intrigada pelo duplo sentido de “pathoflights”. Seria “patho flights” ou “path of lights”?
Pelo que li, acho que ambos.
Li algumas coisas de que não gostei. Inquietações, medo, falta de carinho... Uma montanha russa de sentimentos, e li declarações de amor ao Amor Supremo...
Detive-me neste horizonte, onde deito os olhos e oro por ti.
Acho que é o sonho de todos... A contemplação e a verdadeira vivência de uma vida plena, onde a calmaria do céu se encontra com a fortaleza do mar, e ambos, em algum lugar, onde reina a maior das intimidades, encontram-se, na mais perfeita das combinações, para viverem, sob as bênçãos da Providência, o que talvez seja o mais completo caso de Amor da Natureza.
Queria ter mais o que te dizer. Não tenho. Só que há sempre uma saída, e é no Amor, no carinho.
Que Deus te Ilumine, que os teus dias sejam abençoados, que as tuas veredas sejam ungidas de luz, e que sob o olhar Dele siga na tua busca, e que ela não seja vã.

Anônimo disse...

p.s.: esqueci de te deixar um beijo e um caminhão com o carinho de sempre...

Conscious disse...

Oi anônima, td bem? Obrigado pelos coments e beijos. Muitas coisas pelas quais passamos não gostamos. São doídas, difíceis, amargas. Mas afinal que sociedade é essa que só aceita a perfeição, a beleza plastificada e falsa. Onde estão nossa fragilidade, nossos defeitos, nossos medos.
Te deixo um comboio de paz, alegria e amor.
Alejandro

Anônimo disse...

Não estou me referindo à sociedade e "fake plastics trees" e sua beleza falsa. Não me pauto pela sociedade e seus padrões ou parâmetros. Beleza? Se fosse assim, nem teria perdido o meu tempo de baixar por aqui.(sorry, rs). Faço constatações à luz da sensibilidade, que está longe de ser algo "social". Loads of tenderness = carinho. Anônima.

Fica isso para você. Talvez vc entenda melhor do que outros:

Cântico negro
José Régio

"Vem por aqui" — dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidades!
Não acompanhar ninguém.
— Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
Como, pois, sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...
Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém!
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!