domingo, 28 de setembro de 2008

Pára! - 1o ato

O dia começa.
As luzes se apagam lentamente.
A metrópole acorda.
Os barulhos começam a romper a quietude crepuscular.
Os rostos cansados e automáticos armam suas máscaras de guerra.
A luta pelos queijos mais umz vez se inicia.
As caras loucas e agoniadas não me saem da mente.
As justificativas quase sempre prepotentes.
O trânsito nas vias como lenta lava que se forma.
A mídia desvairada que apenas vende, mas nem sempre informa.
A ansiedade insípida e disforfme eletriza o ar.
A cobrança estúpida de nunca poder falhar.
Os modelos impostos nos dizem: Cuidado aí, não erra!
Caímos na espiral descendente que nos ferra.
Novamente a teia sutil da armadilha fia.
Este é o mundo que cada um de nós cria.
Busquemos os espelhos, para que possamos refletir de vez nossa cara.
Pára!!!

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Marcas

Dói. A separação dói.
Por um motivo, algo sem razão, nos falta algo. Um ponto central aperta.
O ar falta. A angústia ocupa o peito.
Onde está o alívio?
Onde está a doce música de sua voz?
O seu belo sorriso ao meu lado.
A beleza espontânea e infantil.
Os faróis a iluminarem a noite.
A magia se eclipsou.
O velado prevalece.